Essa é uma questão que muitas vezes intriga alguns leitores e estudiosos das sagradas escrituras. Afinal, Deus se arrepende ou não? No livro do Gêneses 6.6 está escrito: “então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.” Porém, no livro de Números 23.19 está escrito: “Deus não é homem para que minta; nem filho do homem para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?
Isso pode trazer
alguns conflitos em nossa compreensão, pode-se até pensar que a bíblia está se
contradizendo, mas, a bíblia nunca se contradiz, é o livro da revelação divina
ao homem, embora escrita por muitos autores diferentes que viveram em épocas
diferentes, é um livro divinamente inspirado e infalível. Porém, essas dúvidas,
surgem porque na maioria das vezes o leitor não conhece a raiz da palavra
traduzida do hebraico e grego, é aí, que começam algumas confusões que muitas
vezes viram fontes de especulações e má interpretação, gerando heresias
propagadas mundo a fora.
A
palavra hebraica “arrepender-se” não pode ser confundida em hipótese alguma
como reconhecimento de erro da parte de Deus.
No contexto do livro do Gêneses 6.6 a palavra original no (hebraico) é ‘nahan’
que significa: “ter compaixão, lamentar, dor, tristeza e pesar – (grego) é ‘metamélomai’
que significa: dor, tristeza, lamento e pesar. Nesse sentido vejamos que Deus não
se arrepende como o homem que reconhece o seu erro, mas lamenta, sente dor, se entristece pelo pecado da humanidade que se
corrompe e se afasta dele. O arrependimento divino é mudança de atitude, pois
Deus não erra, porém, ele se entristece e lamenta com pesar o desvio de conduta
do homem que fora criado perfeito.
Quando
a bíblia fala do arrependimento humano, usa as seguintes palavras no original, ‘shubh’
(hebraico) e ‘metanoéo’ (grego) significando: mudança de mente, voltar atrás,
retornar ao caminho correto. O arrependimento humano é diferente, pois este, erra,
e reconhece seu erro voltando atrás.
Autor: Eleno Corrêa
Autor: Eleno Corrêa
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