Jesus conforta aos seus apóstolos com
a promessa que em breve viria novamente para leva-los a ir morar com Ele
no Céu, e diz: “Na casa de meu pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vô-lo
teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar virei
outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós
também Jo 14.2-3”.
Notamos que Jesus nos promete que há
um lugar especial para vivermos a eternidade com Ele, o apostolo Paulo nos diz:
“Mas,
como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não
subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. 1 Co
2.9”. Quantas vezes paramos para pensar a respeito do nosso estado
eterno, imaginamos como será nossa vida no Céu. Sem dúvidas, o Céu é a morada
do Altíssimo e o lugar mais fascinante que se tem ideia, desperta a imaginação
de bilhões de pessoas, como será viver neste paraíso glorioso, quais seriam as
suas peculiaridades.
Tentarmos imaginar como é esse lugar
celestial no aspecto humano é impossível, só podemos saber que é um lugar de
resplendor e glória inimagináveis, que a mais bela obra da natureza não
seria comparável. Mas como seria este lugar chamado Céu? Como seria o nosso
estado eterno neste magnífico lugar? Não teria palavras para
definir o que é realmente este lugar, mas, se fosse definir em poucas palavras,
diria que o Céu é mais do que um lugar, mas um estado eterno inimaginável para
nossa mente racional, um estado de plena comunhão com o Deus trino, onde
teremos a visão da infinita perfeição do Altíssimo com todo o seu resplendor. Embora
a bíblia não nos traga muitos por menores em relação ao Céu, ela nos traz
alguns aspectos e princípios que irá reger os salvos durante a eternidade
dentre os quais destaco:
No Céu seremos livres do pecado e da tentação – A Bíblia diz a respeito da
Jerusalém celestial: “Não
entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só
os que estão inscrito no livro da vida do Cordeiro. Ap. 21.27”.
No Céu os bem-aventurados não terão em hipótese alguma o desejo de pecar, pois
não encontrarão os embaraços do pecado e da tentação que enfrentaram na terra,
mas viverão em um estado de santidade e adoração a Deus. Experimentarão a
maravilhosa alegria, de modo que não serão tentados a aumentar a sua felicidade
com prazeres proibidos. Portanto, estejamos certos de que pecado algum se acha
no Céu, pois estaremos livres para todo o sempre das tentações do Diabo.
No Céu seremos livres do sofrimento – No Céu não haverá qualquer
sofrimento em consequência do pecado: “E morador nenhum dirá: Enfermo estou;
porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniquidade. Is 33.24”.
Portanto, não haverá necessidade de castigo corretivo, ali nunca mais haverá
maldição contra alguém. “Nunca mais terão fome, nunca mais terão
sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no
meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes vivas das
águas; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima. Ap 7.16-17”.
No Céu seremos livres do trabalho cansativo – Os salvos no Céu não terão
mais de enfrentar a rotina de trabalho aqui da terra. Estaremos livres das
atividades rotineiras e cansativas, não estaremos mais sujeitos a qualquer
fadiga mental ou corporal, pois vamos ter um corpo glorificado e incorruptível;
por mais que o Céu seja um lugar de intensas atividades no sentido de
adoração a Deus, será um descanso eterno. “ Portanto, resta ainda um repouso para o
povo de Deus. (Hb 4.9”.
No Céu teremos atividades incessantes – Parece existir um verdadeiro
paradoxo! A bíblia nos diz que logo depois da morte os santos desfrutarão do
descanso perpétuo afirma também que os “viventes” ao redor do trono “
[...] não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o
Senhor Deus, o Todo-poderoso [...] Ap.4.8”, porém, não há de se falar
em contradição, pois se trata de uma figura de linguagem, e não no sentido
literal da palavra, repouso no céu não está no sentido de descanso do corpo,
mas no sentido de isenção completa da fadiga e das limitações físicas de um
corpo corruptível. No Estado eterno, não há limitação física pois não estaremos
sujeitos a um corpo mortal e corruptível, por isso o trabalho não é cansativo.
Os santos não sentirão qualquer fadiga, seremos incorruptíveis, gloriosos,
poderosos, espirituais, ligeiros como relâmpago, em um sentido muito mais
elevado que na descrição do profeta: “[...] subirão com asas como águias;
correrão e não se cansarão e não se fadigarão. Is 40.31”.
No Céu teremos vida social – Com certeza a vida social no
Céu será gloriosamente dinâmica, o Céu não é um lugar monótono como muitos
imaginam, um silêncio total, o Céu é lugar de movimento pois é o berço da vida,
onde adoraremos Deus incansavelmente o tempo todo. É um lugar de
relacionamentos intensos, terá reis e nações que se alimentarão das folhas da
arvore da vida. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém, diante do
trono de Deus e do cordeiro o serviremos para todo o sempre. “Mas
chegastes ao monte Sião, e à cidade de Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos
muitos milhares de anjos; a Assembleia e igreja dos primogênitos, que estão
inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos
aperfeiçoados; e a Jesus, o mediador de uma nova aliança. Hb 12.22-24”.
Certamente no Céu teremos um corpo glorificado, seremos muito mais inteligentes
do que na terra, os santos serão semelhantes aos anjos e estarão mais perto do
trono do que esses anjos. Todo indivíduo no Céu, santo ou anjo, viverão em plena
harmonia e sintonia cujos desejos serão semelhantes. Contudo não haverá dois
seres exatamente iguais em caráter, condição ou capacidade, terá uma variedade
infinita em plena combinação com uma unidade essencial. Mesmo com a imensa
transformação do nosso corpo ressurreto e glorificado (ver Lc 20.34-36; 1Co
6.13), no céu nós iremos nos reconhecer, Moisés e Elias foram reconhecidos em
seu corpo espiritual no monte da transfiguração, Abrão e Lazaro foram
reconhecidos no paraíso, Cristo foi reconhecido em seu corpo glorificado por
Estevão, Paulo e João. Portanto seremos distinguidos um do outro no Céu. Cristo
consolou os discípulos com a promessa de que, embora fosse deixá-los, viria
outra vez para recebe-los, para ficarem sempre juntos (Jo 14.1-3). Como
poderiam se reunir novamente se não reconhecessem uns aos outros? Como
poderemos nos assentar com Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no Reino de
Deus sem reconhecê-los? A verdade é que “ [...]conhecerei como também sou
conhecido. 1 Co13.12”.
No Céu veremos a Deus - As
escrituras parecem ensinar que Deus é invisível aos olhos materiais, até mesmo
para os glorificados (Jo 1.18; 1Tm 6.16; 1Jo 4.12). Com certeza Deus vai se
mostrar para os santos o quanto for necessário para satisfazer a sua alma. “Quanto
a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança
quando acordar. Sl 17.15”. Mas a visão que teremos de Deus é parcial, a
de Jesus Cristo será completa: certamente o veremos com os olhos de nosso corpo
glorificado. Disso o próprio Jesus nos deu a certeza. “Nós o veremos como Ele é .1Jo 3.2”.
Autor:
Eleno Corrêa
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